ALBERTO ARAÚJO - MEU RECANTO
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A FÚRIA DO RIO PARNAÍBA - VELHO MONGE

 

O desabafo de um rio...

 

Depositaste demais em mim
as tuas insignificâncias.
Pedi-te tanto que não.
Implorei até a raiz.
No entanto, nenhuma gota
de compaixão tivera por mim.

 

Segui o meu caminho...
Sofri,
Penei,
Tive pesadelos...
Então, acordei chorando
e minhas lágrimas inundaram o teu mundo.


Vi as flores despetalarem-se...
O teu habitat se espatifar ao chão.
Ouvi os gritos dos inocentes.
E as esperanças se perderem
feito rajadas de vento.


Fiquei com um grande vazio
descompassado no peito...


Eu sei que te trouxe a fome,

Também a consequência

extrema de meus atos.
 

Mas, tenho o coração amigo.

E no meu vasto leito,
tenho tantas coisas
para construir contigo.

 

Sou um rio amoroso.
Perdoa-me se te desapontei.
É que ando com o peito
Acumulado de tantas inconsiderações,

que em meu coração encontrei.

Apesar de tudo,

Já passou a aflição.  

No fundo do meu leito,

Encontrarás o meu perdão.

Navegas e crie os teus filhos.

Sou um rio amável

E tenho um bom coração.

 

 

 

 

ALBERTO ARAÚJO
Enviado por ALBERTO ARAÚJO em 19/04/2008
Alterado em 26/11/2022
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