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RIO PARNAÍBA (VELHO MONGE) PEDE AJUDA
Data: 14/01/2014
Créditos:
TÍTULO: RIO PARNAÍBA (VELHO MONGE) PEDE AJUDA
AUTOR: ALBERTO ARAÚJO
EDIÇÃO DE VOZ: ANNA MÜLLER
ANO 2013
FUNDO MUSICAL:Daniel / Tyler Bates
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.
(Nascente do Rio Parnaiba)




RIO PARNAIBA PEDE AJUDA - (VELHO MONGE)



Nasço distante,
Entre rochedos e matagais.
Tenho pressa, tenho que correr...
Preciso dar de comer a quem tem fome!
Preciso dar de beber a quem tem sede!
Sei a hora de chegar!
Sou moço bom, em mim tu podes navegar.
Tenho nome,
Identidade,
Tenho até apelido, na intimidade.

Tantas e tantas vezes eu chorei
Quando em mim tu te afogaste,
Pois quisera nesse momento
Ter cabelo de Sansão
Para que te segurasses.

De mim terás comida,
Água boa,
Podem até se banhar,
Não podes dormir em meu peito
Pois é muito profundo o meu leito.

No entanto, sou tão indefeso!
Os covardes,
Depositam em mim suas imundícies,
Dejetos... Todo tipo de lixo!

Por isso estou eu doente,
Tenho uma dor no peito...
Quero ainda ver o teu filho crescer,
O teu neto nascer
E compartilharem comigo um sorriso,
Um abraço forte e sincero.
Por favor, me ajudem a viver!
Não quero morrer!...





INGLÊS


 

PARNAIBA RIVER (THE OLD MONK) AKS FOR AID



Born far-away,

among rocks and bushes,

I am in a hurry, I have to run...

I have to feed who is hungry!

I have to water who is thirsty!

I know my time to arrive!

I am a good guy, you may navigate on me.

I have a name,

identity,

I have privately a nickname.

So many times I weep

whenever you drown in me,

for I would like, in that moment,

 to have Samson's hair

so you could  grab and save yourself.

From me you will have food,

good water.

You may even bath yourself,

but can not sleep in may chest

for very deep is my berth.

Even so, I am so defenseless!

Coward people

discharge on me their filth,

excrements... all kind of rubbish!

That's why I am sick,

I have a pain in my chest...

I still hope to see your son grow

and your grandson born

and both sharing with me a smile,

a strong and sincere embrace.

Please, help me survive!

I do not want die!...
 

 
Versão Inglesa gentilmente traduzida por Gilson Rangel Rolim - escritor




ITALIANO


RIO PARNAIBA CHIEDE IL SUSSIDIO…
(Vecchio monge)


Sono distante sopportato,
Fra i rochedos e le masse di erbacce.
Ho rapidità, io ho quello da funzionare…
Necessario dare per mangiare a chi la fame!
Necessario dare alla bevanda a chi le sedi!
Conosco l'ora per arrivare!
Sono buono giovane, in me voi baccelli da navigare.
Ho nome,
Identità,
Ho fino al nickname, nella segretezza.
Tanto ed altretante volte grido
Quando in me siete annegati,
Di conseguenza desidera a questo momento
Per avere capelli di Sansão
Per tenerli.
Di me mangerete l'alimento,
Buona acqua,
latta fino a se bagnandosi,
Baccelli da non dormire nella mia cassa
Di conseguenza la mia base del flusso è molto profonda.
Tuttavia, sono così defenseless!
I vigliacchi,
Depositano in me i relativi imundícies,
Dejections… Tutto il tipo di immondizia!
Di conseguenza sono ammalato,
Ho un dolore nella cassa…
Ancora desidero vedere il vostro figlio per svilupparmi,
Il vostro nipote da sopportare
E alla parte con me un sorriso,
Uno abbraccio forte sincero e.
Prego, lo aiutano a vivere!
Non desidero morire! …




FRANCÊS


RIO PARNAIBA DEMANDE AIDE…
(Vieux moine)


Je né éloigné,
Entre des rochers et des brousses.
J'ai de la rapidité, ai qu'il courra…
Précis donner de manger qui il a faim !
Précis donner de boire qui il a siège !
Je sais l'heure d'arriver !
Je suis jeune bon, dans moi tu peus naviguer.
J'ai nom,
Identité,
J'ai jusqu'à nom, dans l'intimité.
Tant et autant fois je pleures
Quand dans moi tu te noies,
Donc il a voulu au ce moment
Avoir des cheveux de Sansão
Pour que te tiennent.
De moi tu auras de la nourriture,
Eau bonne,
Ils peuvent même se baigner,
Tu ne peus pas dormir dans ma poitrine
Donc est très profond mon lit.
Néanmoins, je suis aussi désarmé !
Les lâches,
Ils déposent dans moi leurs imundícies,
Déjections… Tout type de déchets !
Donc je suis malade,
J'ai une douleur dans la poitrine…
Je veux encore voir ton fils grandir,
Ton petit-fils né
Et partager avec moi un sourire,
Une accolade forte et sincère.
S'il vous plaît, ils aident vivre !
Je ne veux pas mourir ! …




ALBERTO ARAÚJO
Luzilândia - PI - fev/2007




 

Rio Parnaiba -
Foto de Edilson Morais Brito - Parnaíba - Piauí

Delta do Rio Parnaiba 
Foto - Edilson Morais Brito - Parnaíba - Piauí



Esta imagem nos faz lembrar, a importância de cuidar do
Rio Parnaíba,
o Velho Monge, o grande tesouro do Piauí




 
O Rio Parnaíba, conhecido como "Velho Monge", é um rio brasileiro que banha os estados do Maranhão e do Piauí.
 


HISTÓRIA

 
Nicolau Resende descobriu o Rio Parnaíba por volta de 1640, quando sofreu um naufrágio nas proximidades de sua foz. Antes do seu nome atual, possuiu vários outros:
Fam Quel Coous (Miler, 1519);
Rio Grande (Luis Teixeira, 1574);
Rio Grande dos Tapuios (Gabriel Soares Moreno, 1587);
Paravaçu (Padre Antônio Vieira, 1650);
Paraguas (Guillaume de L’isie, 1700);
Param-Iba, (Dauville).
 
O nome Parnaíba se deve ao bandeirante paulista Domingos Jorge Velho, nome dado em recordação da terra onde nascera, a vila de Santana de Parnaíba, nas margens do Rio Tietê em São Paulo.
 
Com a formação do território da província do Piauí, em 1718, o Rio Parnaíba serviu como uma divisão geográfica com o vizinho estado do Maranhão.
 
IMPORTÂNCIA
 
Toda a economia, toda a história deste estado de alguma maneira se liga ao Parnaíba tem um importante papel socioeconômico. Isto se verifica, principalmente, pela potencialidade de seus recursos naturais que propiciam aptidão para o desenvolvimento de inúmeras atividades: pesqueiras e agropastoris, de navegabilidade, de energia elétrica, de abastecimento urbano, de lazer, dentre outras.
 
A possibilidade de navegação deste rio facilitou o povoamento e as comunicações até pouco tempo atrás. No início da década de 1910, o parlamentar maranhense Christino Cruz foi homenageado pela Companhia de Navegação a Vapor do Parnaíba, que batizou com o seu nome o T.S.S. Christino Cruz, um dos seus navios a vapor. Hoje, a navegação é feita, principalmente na época de cheias, por pequenas embarcações.
 
O Rio Parnaíba foi o berço da capital do estado do Piauí, a cidade de Teresina. Esta foi projetada e construída em suas margens em função da importância estratégica de sua navegabilidade, visando a alavancar o crescimento do estado e deter a influência que o Maranhão começava a exercer sobre o interior piauiense. Embora seja a divisa natural dos dois estados, é um fato reconhecido que sua relevância histórica, econômica e cultural é bem maior para o Piauí que para o Maranhão, a ponto de ser exaltado no próprio Hino do estado do Piauí.
 
 
GEOGRAFIA
 
O rio nasce nos contrafortes da Chapada das Mangabeiras, sul do Maranhão, que, atualmente, é preservada pelo Parque Nacional das Nascentes do Rio Parnaíba. O rio nasce numa altitude da ordem de setecentos metros, da confluência principalmente de três cursos d'água: O Água Quente, na divisa do Piauí com o Maranhão, o Curriola e o Lontra, no Piauí. Percorre cerca de 1 450 km até sua desembocadura no Oceano Atlântico. Compreende três cursos:
Alto Parnaíba - das nascentes até a Barragem de Boa Esperança;
Médio Parnaíba - da barragem até a foz do Rio Poti em Teresina;
Baixo Parnaíba - desta foz até o Oceano Atlântico.
 
O Rio Parnaíba situa-se em uma área de transição entre o Nordeste árido, com vegetação pobre e a Amazônia, coberta de florestas, denominada Meio Norte do Brasil. O Rio Parnaíba banha vinte municípios do Piauí e 22 do Maranhão. O regime do Parnaíba é pluvial, como quase todos os rios e bacias brasileiras.
 
Tem declividade acentuada, de sua nascente até o município de Santa Filomena, sofrendo a partir daí uma redução gradativa, chegando, nos últimos quilômetros do seu percurso, a uma declividade de menos de 25 cm/km. No leito do Parnaíba corre, a cada ano, 20 bilhões de metros cúbicos de água, enquanto a precipitação pluviométrica média, ao longo das regiões que o rio percorre, está em torno de 1.500 mm/ano.
 
O Vale do Parnaíba possui mais de três mil quilômetros de rios perenes, centenas de lagoas, e ainda, a metade da água de subsolo do Nordeste, as avaliadas em dez bilhões de metros cúbicos ao ano. No Maranhão, os afluentes mais importantes são:
- Rio Parnaíbinha, que apesar do nome tem maior volume de água, que o próprio Rio Parnaíba,
- Rio Medonho e Rio Balsas.
Os afluentes no estado do Piauí são:
 Gurgueia, Uruçuí-Preto, Canindé, Poti e Longá.
 



Edição de imagens:
Shirley Araújo

Texto: Rio Parnaíba - (Velho Monge) pede ajuda.


Enviado por ALBERTO ARAÚJO em 30/06/2009
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
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