PERFECCIONISTA
Leio o jornal de ontem
Porém não satisfaz a minha fome...
Soletro as palavras
As quais irão enfeitar o meu perfil
Não encontro o início,
Flagro o combustível que dá a luz
Ao topo da montanha e castiçais...
Apenas lombadas queimadas e cinzas
Traduzem a seiva das folhas
Limpo os livros que se enferrujam
E encontro um estranho bolor
Posto no pedestal da compleição
A mão que apedrejou a emoção
É a mesma que enlouqueceu a quimera...
Transporto algo comum e virtuoso
Porque a qualquer momento uma pessoa
Reconhecerá o meu dilema perfeccionista.
ALBERTO ARAÚJO
Enviado por ALBERTO ARAÚJO em 22/05/2008