LITURGIA
No Fundo da minha rua
Vê-se a lua ofegante
O clamor do lago solitário
E um universo infindável
Subúrbio
Uma escola de música, que canta seus rituais...
Almas que aplaudem
E cantam alto a cada dia
Farrapos de vozes se misturam no monumento
Num intemporal litúrgico, flagelam-se...
É a ciência ou a religião?
Que pulsa no peito desses irmãos de fé
Qual deles cruzará a fronteira
Talvez não saibam!
Mas tudo pode mudar-se
Até mesmo sem se pressentir
O muro é alto...
Mas quando se têm asas nada é impossível!...
Não se pode assustar-se
Com tal blasfêmia
Os pensamentos são mesquinhos
E as palavras são solúveis.
ALBERTO ARAÚJO
Enviado por ALBERTO ARAÚJO em 03/06/2008