ALBERTO ARAÚJO - MEU RECANTO
Contos, versos e sentimentos à flor da pele.
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O CASO DO INSPETOR






Um assassinato
Ou suicídio...
Tudo indicava que o corpo esquelético ali estirado,
Para as delícias dos curiosos...

Uma interrogação cresceu
Sabia-se que era um prato de crueldade
Exposto ali no chão

Chegou o delegado
Com o ar meio espantado
Boquiaberto ficou...
Sentido pelo caro colega de trabalho

Começaram as investigações
Pensamentos...
Variadas formas de indagações

Examinou o corpo e constatou
Sob os olhos atentos da multidão
- Foi Assassinato!...
Exclamou o delegado
- Assassinato?...


E mais que de repente
Chega o legista
Auscultou o morto
Abriu-lhe os punhos, boca...
E logo foi constatando
- Foi suicídio... Puramente suicídio...

Logo em seguida
Chegou um repórter
Fotos – perguntas
- O que aconteceu? O que foi isso?
Mastigou a pergunta e constatou
- Foi loucura de amor (um homem que ama)
- É a tristeza que tomou conta
Deste homem apaixonado...

Um bêbado logo constatou:
- simples – foi uma super dosagem...
Tentou explicar.

Mas como pode, persiste – um advogado
Que chegara ao local, todo embaraçado,
- a arma utilizada qual foi?
Não foi revólver, não foi faca o que foi?...
Isto é caso para polícia investigar minuciosamente


Mas um vazio ficou
E a multidão por sua vez ia se desfazendo
Agora é a vez da ambulância
Levou o corpo de vez para o hospital
E o médico constatou:
- Morrera mesmo de coisas do AMOR!
- pobrezinho!...
-Existe isso? - perguntou o Enfermeiro...


ALBERTO ARAÚJO
Enviado por ALBERTO ARAÚJO em 16/07/2008
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