PROCURO-TE
Da face do arranha-céu
ao olho do deserto
Nos espelhos mergulhados
Em ondas inefáveis
No lago translúcido
(que tanto inebria)
Tornei-me um nômade...
Estendi minha mão
Querendo juntar a tua imagem
Mas, apenas miragem
Segui o meu percurso
Por caminhos intrafegáveis
Nos mares nunca navegados
Emergi do próprio silêncio
E fiz que meus atos se dissipassem
Tudo angustiou a minha identidade
E o que me resta
Procurar-te pelo mundo inteiro...