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DESEJO INDESCRITÍVEL
Desejo/
ânsia;outono polido
abras-me teus braços
fazes em a desordem
jubilas-me na tua
imensurável memória,
deixas-me desmedido.
Creio que minha torre
faz-se morrer na tua
carne libidinosa
colas tua boca à minha
árdua boca porosa,
como se fosse o dia
deleitoso que a ave goza.
Que teu canto entrelace
no meu corpo estrelas
do amor indescritível
e minha costas largas
há de serem asas, grito, caos
nesta noite indefinível.
faminto, hei de sorver-te
na estremada luz do amanhecer
pensas que meu amor é só isso,
é muito mais...
é carne, verbo imperfeito, anoitecer.
ALBERTO ARAÚJO
Enviado por ALBERTO ARAÚJO em 28/01/2009
Alterado em 28/01/2009
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