Textos
O COLECIONADOR DE BRISAS
Ao pé da letra:
colecionava
brisas e
alfarrábios
sombrios silêncios
os emboscavam
e ao tempo atirava
hipotéticas sementes – sobretudo
sonhava crescer crescer crescer
mas ao mergulhar na infringência
um rio sangrento o obstruiu
e no percurso estalado da hipocrisia
que nos ronda cianidricamente
via-se
que no seu gesto
e na sua germinação
era um fatalmente ser solitário
In memoriam ao Natan
ALBERTO ARAÚJO
Enviado por ALBERTO ARAÚJO em 08/12/2010
Alterado em 09/12/2010
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