PURA ARBITRARIEDADE
Satisfazendo seu âmago
um homem uniformizado
coloca um bracelete
em outro homem com os
olhos cuspindo fogo, e
aponta para ele uma espécie
de gaiola, acima um vagalume
pisca-pisca intensamente e
dispara um zumbido de cigarra,
no decorrer do alarido, surge
outro homem sendo flagelado
rispidamente com um bastão
prêto, dispersa no gueto numa
correria sem rumo, dois homens
são atirados na gaiola e levados
não se sabe pra onde, depois
a normalidade toma conta do caso
grotesca arbitrariedade.
ALBERTO ARAÚJO
Enviado por ALBERTO ARAÚJO em 01/03/2007