DESEJO AGRESTE
Fim de noite de outono,
o vento está em absoluto
repouso, o leito nupcial
tem suavemente o aroma
de jasmim,
a calmaria noturna é desolada,
e na desoras eu arranho o
silêncio com a minha inqueitação
caminho lado a lado no quarto,
um desejo agreste me sobe
às veias, tem um cheiro de mato,
vem desbrava-me, cavalga em mim,
esse é meu desejo,
a chuva cai inexoravelmente, confundo
os pingos da chuva com minhas lágrimas,
gorgolejam as águas nos rios, no entanto
o sol no céu no instante ora cintila, expandindo
sua luz pelas árvores,rios e cachoeiras,
meu corpo ali em repouso,
a natureza sorrir,
fico no meu desejo rudimentar
não realizado.
ALBERTO ARAÚJO
Enviado por ALBERTO ARAÚJO em 14/03/2007
Alterado em 14/03/2007