Textos
O AMOR PLATÔNICO DE ANDRÉ MATIAS
O ARTISTA ROMANESCO
Um cheiro transeunte de terra molhada e o sol se dispensando placidamente do horizonte. E chove torrencialmente, que as nuvens se digladiam, dilúvio inconsequente - círculo centrifugando os postes, coqueiros e parabólicas. Um cão pequenez ladra insistentemente, deve ser os tentáculos das escaldantes centopeias que se locomovem no pátio. E tem o pássaro que, soberbamente sobe nas aladas gárgulas balaustradas da Catedral da Metrópole. E chove – chuva áspera e apoteótica dos Deuses.
Depois da chuva - somam-se presságios e o céu torna-se um ciclo cíclico enxameado - um plumoso espaço prismático fulgurante.
André Matias pinta silenciosamente uma tela, uma paisagem emblemática e iluminada ao fundo – ensaboando-se na beira do lago, uma esfinge ou será uma Deusa Mitológica? Somente com o decorrer do tempo é que surgirá tal pintura.
O relâmpago trépido ecoa suas últimas vozes nas páginas robustas e lacônicas do ocaso. Todos os contornos dos poros cardinais se dilatam e no branco da paisagem surge uma imensidão de cores clássicas.
André tem a alma platônica, todo o temperamento é resultado do preposto amor angelical herdado dos seus pais. Ele, muito romântico e de caráter intemerato, passa as horas delineando painéis de constelados templos medievais.
No sentido intrínseco da paisagem, presentes pontos luminosos e no céu da página branca da tela pintada por André – surge uma bela mulher... Deusa mística, que desenhada em efeitos sonoros visuais, pinceladas romanescas, é reconhecida no exato momento – Cibelle Mistral o grande amor platônico de André.
Edição de imagens:
Shirley Araújo
Texto: O amor platônico de André Matias - artista romanesco
ALBERTO ARAÚJO
Enviado por ALBERTO ARAÚJO em 14/12/2013
Alterado em 15/12/2013
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