DESEJO AGRESTE
DESEJO AGRESTE
Fim de noite de outono,
O vento está em absoluto repouso,
O leito nupcial tem suavemente
o aroma de jasmim,
A calmaria noturna é desolada,
E nas desoras
Eu arranho o silêncio com a minha inquietação.
Caminho lado a lado no quarto,
Um desejo agreste me sobe às veias,
tem um cheiro de mato.
Vem desbrava-me, cavalga em mim,
Esse é meu desejo.
A chuva cai inexoravelmente,
Confundo os pingos da chuva com minhas lágrimas.
Gorgolejam as águas nos rios,
No entanto o Sol no céu,
No instante ora cintila,
Expandindo sua luz pelas árvores,
Rios e cachoeiras,
Meu corpo ali em repouso...
A natureza sorrir,
Fico no meu desejo rudimentar
Não realizado.
ALBERT ARAUJO
ALBERTO ARAÚJO
Enviado por ALBERTO ARAÚJO em 24/04/2007