ALBERTO ARAÚJO - MEU RECANTO
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POEMA DO AMANHECER





Nasci absolutamente nu.
O que, em dentro aos véus surgi...
Somente a língua da vida, sussurrou-me:
“Seja bem-vindo”!
Aqui tem: estrelas voando felizes,
Castelos de inocentes injustiçados,
e deuses nevoentos – Cuidado!

Esta casa, de agora em diante
levanta-te as pálpebras...
Compete a ti saber decifrá-las.

No percurso do tempo,
leve o tabuleiro de ideias,
o balaustre para conduzir-te ao repouso noturno.

Cada forma, cada lâmpada, que acender! – aproveite-a.

O que produzires – exponha-los.
Caso contrário, interioriza-se e morre...

Não queixas-se, do rude violoncelo,
Em torno dele estão:
O que amou o que sorriu e o que lutou...

Não lamentar-se, fatalmente,
o herói, morrer por overdose.
Uma queixa produz mil conchas de vivo-mortos.

E, o que restar-te! – desenha com as tuas mãos,
pássaros e peixes voando...
Está escrito, no Livro Sagrado da vida...





Edição de imagens:
Shirley Araújo

Texto: Poema do amanhecer


 
ALBERTO ARAÚJO
Enviado por ALBERTO ARAÚJO em 05/02/2014
Alterado em 06/02/2014
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