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TERNURA DOCE
Chegues já e apeteças-te
do meu virtuoso navio.
Fiques até à noite, quando o sonho de amor,
enroscar-se nas dobras do lençol.
No silêncio da madrugada,
costuras as margens do tempo,
para que o prazer da carícia não fuja
por entre os dedos.
.
Então, aqui segue um desejo elementar,
advindo do fundo da minha alma.
- Que ames os meus livros de poesias,
pois afinal, dentro deles
está a cor da minha manhã - calma e serena.
Comeces devagar,
saboreando as cores das sinfonias,
as mesmas, tão plácidas e azuis
e que nos remetem à fonte da ternura.
Nas mãos:
fazer de norte a sul,
uma viagem no paralelepípedo do claro dia – apenas.
Vale a pena – vale percorrer o dia feliz,
em seu poderoso cavalo à luz de mil holofotes.
Quando a manhã se lancear,
na transparência da alcova
em frações de fulgores
e um cheiro de rosas
abocanhar as janelas.
Como uma cotovia suave.
Algo em mim soletrará então,
o teu nome – indefinidamente.
:
Após acenderem os castiçais da lua
e os pássaros inventarem a tarde.
Amarrarei meu navio no teu jardim...
Edição de imagens:
Shirley Araújo
Texto: Ternura doce
ALBERTO ARAÚJO
Enviado por ALBERTO ARAÚJO em 27/03/2014
Alterado em 27/03/2014
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