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VERSOS DESARVORADOS
Os selenitas, ao anoitecer,
Cantam canções de amor
Aos esponsais.
À sombra de uma árvore
Erguem as mãos em preces,
Pedindo ao Deus da tempestade
Para que nunca sopre em demasia,
E a derrube...
No seu tronco está cravado
O meu nome e o de minha amada...
Da árvore fecundada brota uma flor...
E a flor reflete a sua imagem,
Abre fendas, derrete o ar
E a sua voz reverbera
Num morro bem distante...
Invade pelas narinas,
Suspira-se...
E eu respiro,
Por todos os meus poros,
Versos desarvorados de amor!!
27/06/2007
ALBERTO ARAÚJO
Enviado por ALBERTO ARAÚJO em 30/06/2007