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AMOR DITOSO
O meu coração...
É um colibri, que, em glória
Vagueia na tua flor graciosa.
Os meus lábios...
São os mares que beijam a tua praia,
Num vigor profundo e afetuoso delírio.
Os meus olhos...
São dois sóis que abandonam os céus
E brilham somente pra ti:
Em clarões límpidos e supremos.
As minhas mãos...
São castelos feitos de sonhos
E constelações fúlgidas,
Que nas noites de frio,
Seguram-te,
Protegem-te, das tenebrosas tempestades ruidosas.
A minha voz...
É um pântano murmurante
Que à beira dos riachos
Canta-te fantásticas canções roridas,
Ardentes de cores iridescentes.
O meu sexo...
Tem o carinho macio dos veludos,
Que flutua na tua estrela ornamentada de filigranas.
A minha alma...
É uma terra feita de planície polarizada
Que deveras resfolega brasas
E enche o teu canteiro de ávidos amores ditosos.
O meu amor...
É todo o firmamento
Coberto de ondas folheadas de sorrisos...
Sol...vida e emanação celeste.
As minhas palavras escritas...
Cantam sonhos azuis diáfanos... Sonoros
E refletem no meu perfil em estrofes multicoloridas,
Que vai de arrebol a arrebol
Desabrochados em girassóis que dão brilho à Natureza.
A minha paz...
Ressurge dos incensários dos templos,
Que em harmonia com o manto da Virgem Santa,
Fecundam uma serenidade imortal.
08/08/2007
ALBERTO ARAÚJO
Enviado por ALBERTO ARAÚJO em 10/08/2007
Alterado em 10/08/2007
