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23 - UM VIOLONCELO NA PRAIA DE ICARAÍ
E a praia têm ossos... Verdade, não é quimera.
Mas os seus tornozelos
são esplêndidos... Estruturas estáveis.
Abriga visíveis tesouros arquitetônicos
à luz da esfera.
Os dias de coros têm os tons rosa e azuis
e passam por onde as conchas da candura,
espreitam o princípio e o fim da Criatura.
Todo o universo praieiro é vasto e alegre
e se une das cabeças aos pés dos anjos.
Em torno da emérita estátua do grandioso Rei,
eu falei:
- Cristo Jesus, há um poeta
com suave inspiração em Icaraí.
Depois da confissão: Senti-me envolvido
pelo abraço da Guanabara.
É sim, esse esplêndido oceano,
que lambe a litorânea de Icaraí,
a majestosa Baía.
Aos da terra e do Céu,
fiz questão que tomassem conhecimento,
que sou um violoncelo...
e que componho harmoniosa poesia.
Afinal, eu sou poeta, não tenho para aonde ir.
E assim aconteceu.
A aurora desceu em busca da sonoridade,
procurou-me, rastreou-me...
e me encontrou compondo poesias
em plena na Praia de Icaraí.
A lâmpada celeste murmurou em letras sem fins.
O vento ofereceu rosas a Nossa Senhora,
nos jardins.
Acordou o pinheiro da Igreja São Judas Tadeu,
fez a curva no final da Praia de Icaraí
e me encontrou nos braços de minha amada,
que tem o alento de girassóis, horizontes e clarins.
Oh, Senhor Deus, me consintas.
Que eu seja sempre um violoncelo,
em plena Praia de Icaraí.
Afinal de contas, sou um romântico inveterado.
A função lírica de minha vida:
Ser feliz e estridentemente, sorrir!
By ©Alberto Araújo
Postado em 11 de dezembro de 2020.
JUSTIFICATIVA METAFÓRICA
"E o poeta executa músicas em seu violoncelo, em plena Praia de Icaraí..." No texto metafórico, o poeta destaca a sonoridade de sua criação. A sua imaginação é feita com simbólicas tropologias. Puras alegorias. Muito além, da ferramenta violoncelo, pois, é instrumento de arco e cordas friccionáveis, que corresponde ao baixo da família dos violinos, executado, porém, entre as pernas, e apoiado em um espigão; cello, rabecão pequeno. O texto é uma figura de linguagem ou da retórica, por ocorrer uma bela ilustração e um significado mais aplausível. Também, em relevância no texto o Bairro de Icaraí, pois é, o local da residência do autor.
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CÂNONE EM RÉ MAIOR, é um cânone do compositor alemão JOHANN PACHELBEL. Seu nome original é Cânone e Giga para 3 violinos e baixo contínuo às vezes também chamado de Cânone e Giga em ré ou Cânone de Pachelbel.
A data da composição e suas circunstâncias são desconhecidas, uma hipótese é que a peça foi composta entre 1680 e 1706, e a partitura mais antiga conhecida do cânone data do século XIX.
O cânone, assim como os outros trabalhos de Pachelbel, se tornaram populares durante sua vida. Porém foram esquecidos e permaneceram na escuridão por séculos. Em 1968 Jean-François Paillard arranjou a peça para orquestra de câmara, o que a fez ganhar popularidade até a próxima década. Na década de 70, a peça foi gravada e executada por muitos grupos musicais e nos anos 80, a presença dessa peça como música de fundo era quase inevitável. Desde os anos 70 até cerca de 2000, os elementos da obra, especialmente sua Progressão musical têm sido usado em uma variedade de sons populares. No ocidente, desde os anos 80 também é executada em casamentos e funerais.
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https://youtu.be/r9OT951iWqk
ALBERTO ARAÚJO
Enviado por ALBERTO ARAÚJO em 11/12/2020
Alterado em 11/12/2020
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