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A MENINA NA JANELA
E mais que de repente
No meu mundo fez-se um céu de chumbo
E um clarão de luz apontou-se no horizonte...
Lentamente as nuvens
Grávidas ficaram exaustas
Então se abriu em fúria
Uma montanha de lágrimas...
Uma voz rouca e áspera
Dissolveu-se em raios cintilantes
O coração soturno
Ficou encharcado na madrugada...
Uma imagem procurou o abismo
Minhas pupilas claras viraram espanto
Sorriram os lagos correndo para o rio
E a menina continuava na janela...
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ALBERTO ARAÚJO
Enviado por ALBERTO ARAÚJO em 04/01/2008