NOITE MAGISTRAL
Foi numa noite azul...
Que minha alma etérea se perdeu trêmula
E fugiram todas as minhas melancolias
Fantasmagórica.
Meus olhos soltos pela imensidade contemplaram
A tua silhueta.
A lua transmutava as cordilheiras...
Um aroma de jasmins delirantes exalava pelo leito nupcial
E o meu sentimento inquieto, oculto e aterrado no peito.
Foi numa noite antiga...
Que tu atravessastes o silencio escuro da madrugada
E no meu ser hospedastes.
Foi numa noite magistral
Que tu surgistes como um colibri brilhante
E desvirginou-me
Bebeu o meu mel e aspirou meu perfume pueril
De meu corpo fizestes o teu repouso absoluto.
Foi numa noite frondosa...
Que tu entrastes em meus lençóis
E entre lágrimas lunares e beijos noturnal
Que tu te entregastes.
Eu ainda era um pobre casto.
ALBERTO ARAÚJO
Enviado por ALBERTO ARAÚJO em 21/01/2008
Alterado em 21/01/2008