Hoje, 22 de fevereiro, o calendário nos convida a um mergulho no tempo, a contemplar a Cátedra de São Pedro. Mais do que um móvel, uma relíquia, ela é o símbolo de uma jornada, um elo entre o passado e o presente, entre o humano e o divino.
Imagino Pedro, o pescador, o homem de fé vacilante, mas de coração ardente, sentado ali, talvez um pouco desconfortável, sob o peso da responsabilidade que lhe foi confiada. A cadeira, testemunha silenciosa de suas pregações, de suas dúvidas, de suas lágrimas, guarda em sua madeira a história de um homem que se tornou pedra fundamental.
Séculos se passaram, impérios ruíram, o mundo se transformou, mas a Cátedra permanece firme como a fé que representa. Ela nos lembra de que, apesar das turbulências da história, há uma chama que nunca se apaga, uma voz que ecoa através dos tempos, guiando a humanidade.
Hoje, não celebramos apenas um objeto, mas a continuidade de uma missão, a presença de um pastor que, através de seus sucessores, continua a conduzir o rebanho. A Cátedra, mais do que um trono, é um convite à humildade, ao serviço, ao amor.
Que neste dia, possamos refletir sobre o legado de Pedro, sobre a força da fé que transcende o tempo, sobre a importância de construir pontes em vez de muros, de semear a esperança em vez do desespero. Que a Cátedra, símbolo de unidade, nos inspire a construir um mundo mais justo, mais fraterno, mais humano.
Alberto Araújo
Focus Portal Cultural