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OLHAR DE SERPENTE
Meu amor tem um olhar de sereia...
E a boca de lua cheia,
Nas noites fica furiosa
Quando não apareço.
Desafiou as constelações
E as estrelas cadentes
A me procurar...
Fica a vigiar-me
Com os olhos presos
No mar
No cais
No arco-íris
Caminha por entres ruas
E avenidas.
Acende todos os faróis
E todas as luzes da cidade.
Coloca o coração
Nos viadutos
Arranha-céus
E sinais de trânsitos.
E na madrugada
Acende o abajur,
E se aflige.
E quando não apareço
Não consegues dormir.
Meu amor tem o olhar
De serpente...
Quando apareço
Envenena-me.
ALBERTO ARAÚJO
Enviado por ALBERTO ARAÚJO em 16/02/2008