VIAGEM PLANETÁRIA
O vento passa
Imperceptível
Observo o desvario
Das ondas do mar
Destranço as flores do jardim
Em meu castelo
E penetro nas entranhas
Incandescentes de vulcões
Sem temor
Sem espada,
Apenas munido de paixão furacônica
Sugando seivas de trovões
A chuva cai afogando em riachos
O meu canto de sereia
E minha pele absorve
A eletricidade dos coriscos
Então ouço uma orquestra
Vejo o pulsar de uma cauda de dragão
Bradando em minha direção
Agarro-me em cometas viajando em planetas
Enquanto isso
O vento sopra
A chuva a chuva cai
E o tempo passa...
ALBERTO ARAÚJO
Enviado por ALBERTO ARAÚJO em 13/03/2008