Textos
PASSAGEIRO NO TEMPO
Sou um passageiro no tempo
Penso quais as borboletas
Que sonha em liberdade
Todos os dias de tardes gris.
Sempre a solidão me chega
Silenciosamente nas noites frias
Mas não tenho medo de trevas...
Gargalho com as gravuras expostas
Em meu quarto de dormir
Elas sempre me ajudam a entender
A minha insensatez.
Do que mais gosto em mim
É o meu jeito de driblar a dor
Afinal,
Carrego na boca uma sinfonia de pardais
No peito um amor crepuscular
Nos pulsos uma chama em carne viva
No bolso um punhado de moedas
E no pescoço um talismã.
ALBERTO ARAÚJO
Enviado por ALBERTO ARAÚJO em 07/04/2008