Textos
CARNE E SANGUE
Meus pulsos por dentro e fora
Ainda pulsam as músicas úmidas
Da minha infância
E o espelho de minha alma
Desdobrou-se em um
Sapiente vaso faminto
Que na essência captada das palavras
Surgiu em mim
Um céu estrelado e alegre
Deixa-me enlaçar de súbito
A tua gula vagante
Que vaga na vida com
Conteúdos magérrimos
Trazer ao centro da tua praça
O meu vasto conhecimento
Dos movimentos de expressão
Por às vezes ignorados
Porém exalados na mais fina flor
Da intelectualidade
Saiba que
A minha carne e o meu sangue
Ainda estão pulverizados do Tropicalismo
E agora
Estou expondo na vitrine
O dragão sagrado que existe em mim
Quero que aproveite
A última rosa sorridente
E emplacas em mim um sorriso
Transparecido em sutileza e humildade
Que o da burguesia nada quero.
ALBERTO ARAÚJO
Enviado por ALBERTO ARAÚJO em 08/04/2008