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SOLIDÃO
É mesmo isso
Que massacra o peito
E da raiz ao limbo da nossa alma
Dissipas um amargo cruel
Diante dela o sol fica estático
E se interioriza
É a que traz num guindaste a desilusão
A que execras o teu sorriso e o sono,
Os dias são negros...
E os caminhos são murchos
Dominas o nosso dorso e laringe
Que se perdem feito líquido
No sumidouro do espelho,
O sangue coagula-se
E num desespero se encolhe
Em um canto vazado
Atravessa o escorço do nosso coração
E nos afunda nos olhos da quimera
Em vis domínios
Estrangula o desejo que temos de adquirir
O desenho ou mesmo a silhueta do amor,
É uma ruína impressentida
Um vidro ferido no ácido
É uma pedra coagulada no aço.
A solidão é mesmo isso...
ALBERTO ARAÚJO
Enviado por ALBERTO ARAÚJO em 23/04/2008