O DIA SEGUINTE
Sinto-me um nômade
Seguindo pelas estradas
Que nunca viajei...
Olhando o espelho que
Afigura o meu silêncio
Tentando recuperar na memória
Todas as lembranças ardorosas
Mas as manchas estão lá
E ficam sorrindo do meu ego
E esse rosto que regressa
Sempre ao fundo do calabouço
Procurando desvendar as rugas enclausuradas
E roubadas pelo tempo...
Regresso...
Ao mundo das cinzas sepultadas no riso matinal
O sol desperta...
E invade a cada centímetro o meu corpo,
Ali imóvel no leito da minha solidão
Espero o dia seguinte...
ALBERTO ARAÚJO
Enviado por ALBERTO ARAÚJO em 21/05/2008